domingo, 22 de outubro de 2006

Novo ídolo?

Ah, como é bom ver de novo o Brasil no alto do pódio da Fórmula 1, sobretudo em Interlagos! Como emociona ver um piloto, à moda de Ayrton Senna, fazer a volta da vitória com uma mão no volante e a bandeira brasileira na outra! Com Felipe Massa neste domingo de sol em São Paulo pudemos sentir outra vez o peito estufado por um legítimo orgulho nacionalista, algo que muito poucas outras atividades além do esporte conseguem propiciar.
Será Massa um novo fenômeno brasileiro na categoria mais nobre do automobilismo, na qual já tivemos três campeões mundiais, entre eles Senna, nosso esportista mais amado? Só o tempo dirá. E Massa pode esperar, afinal só tem 25 anos. (Jackie Stewart, o inglês tricampeão mundial, saiu-se uma vez com uma piada simpática a respeito da habilidade dos brasileiros nas pistas: "Perguntam-me por que são tão bons", disse ele. "Respondo que talvez seja pela água que tomam.")
O certo é que Massa, junto com o espanhol Fernando Alonso, sagrado hoje bicampeão mundial, e o inglês Jenson Button, com os quais subiu ao pódio, e mais o finlandês Kimi Raikkonen, é um dos principais candidatos a herdar a coroa do grande campeão Michael Schumacher no reino da Fórmula 1. O alemão sete vezes campeão mundial, feito não obtido por nenhum outro corredor na história, despediu-se da carreira hoje com um show de pilotagem em Interlagos.
A corrida deste domingo foi, aliás, perfeita para marcar a redenção de Schumacher, ou Schumi para os íntimos, perante a torcida brasileira. Por muito tempo torcemos contra ele, temerosos de que pudesse ofuscar a memória de Senna. Agora que se aposenta rendemos-lhe homenagens, por seus muitos méritos como piloto, por gostar de futebol como nós, por ser um boa-praça, filantropo como Senna, e ainda por ser amigo do nosso possível novo ídolo, Felipe Massa.

Nenhum comentário: